

5. Planejamento Financeiro Pessoal
Endividamento


Planeje seu empréstimo de forma consciente: ele deve servir para antecipar projetos e não para tirar o seu sono.
Sempre que uma pessoa adquire um bem ou serviço sem ser com pagamento à vista, existe no ato uma operação de crédito (tomar dinheiro emprestado) ou seja, adquirir uma dívida com alguém ou com uma instituição financeira.
O lado bom de uma operação de crédito é que ela permite que projetos ou sonhos que só poderiam ser realizados no longo prazo, no futuro, sejam antecipados para o presente.
De uma forma mais ampla, se olharmos para a economia como um todo, nem sempre optar por uma operação de crédito (ou seja, fazer uma dívida) é ruim. Pense em um lojista que com uma operação de crédito pode adquirir mais produtos para vender em sua loja, se preparando para uma data comemorativa importante (por exemplo, o dia das mães) e ir pagando essa dívida aos poucos, confiando que o aumento de vendas com esses produtos gerará recursos para pagar com tranquilidade esse empréstimo. Ou pense em uma indústria adquirir uma máquina para produzir mais e pagar por ela a prazo ou, ainda, em uma família que decida evitar pagar aluguel e opte por financiar um imóvel, pagando as prestações já morando nele.
Em todos os exemplos acima, as decisões foram pensadas em fazer dívidas que antecipam compras (estoque, máquinas ou imóvel) que só poderiam ser adquiridos à vista em um momento futuro, possibilitando usufruir dos benefícios dessas compras no presente. Nesses casos, pode-se dizer que foram feitas “boas dívidas”, ou seja, dívidas que tem grande potencial para trazer um benefício significativo para
uma empresa, uma indústria e uma família. Apesar de dívidas serem sempre operações de risco (você pode não ter como pagá-las no futuro), nesses exemplos elas foram bem pensadas, não foram decisões tomadas por impulso e estão baseadas em condições financeiras e expectativas de ganhos reais.
No dia a dia, porém, muitas das dívidas contraídas pelos consumidores são decididas sem muita reflexão, em compras de itens que nem sempre são prioritários ou nem mesmo relevantes, sem se saber ao certo se as condições financeiras futuras viabilizarão seu pagamento.
É aí que uma escolha ruim e desnecessária pode virar uma grande bola de neve!
No comércio, as operações de crédito facilitam as vendas por meio das compras parceladas, ou seja, vende-se mais dando a oportunidade para o cliente de pagar o produto que deseja num prazo mais longo.
Assim, na prática, o cliente verifica se o valor da parcela com juros “cabe no seu bolso”, mesmo que o valor final que ele vai pagar seja muito superior ao preço do produto à vista. E sem perceber paga, muitas vezes, dois produtos no longo prazo, levando para casa apenas um, de tanto que os juros aumentam o valor final do produto parcelado.
Assim, uma dívida só é boa se ela contribuir para melhorar a qualidade de vida de quem a faz. Por isso, só deve fazer dívida se o destino desse dinheiro for antecipar uma necessidade ou um objetivo e seu pagamento couber no orçamento futuro.
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